Alego suspende tramitação de decreto sobre calamidade financeira em Goiânia

A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, a Alego, decidiu suspender a tramitação do decreto que prorroga o estado de calamidade financeira em Goiânia.

A medida foi tomada nesta quinta-feira, 22, após a vereadora Aava Santiago, do PSDB, acionar o Tribunal de Contas dos Municípios com um pedido cautelar contra a proposta da Prefeitura.

A parlamentar questiona a legalidade do decreto e aponta inconsistências entre a narrativa de crise e os números oficiais.

A vereadora criticou, ainda, os gastos milionários da gestão municipal com eventos como a Pecuária de Goiânia, onde foram firmados contratos para shows no valor de mais de R$ 7 milhões, sem licitação.

A suspensão da análise na Alego também atende a uma recomendação do Ministério Público de Goiás, que apura possíveis irregularidades na condução das finanças municipais.

O deputado Talles Barreto, do União Brasil, defendeu o encaminhamento ao Tribunal.

Segundo ele, é preciso garantir transparência e responsabilidade com o uso do dinheiro público.

Dados do Executivo mostram que, nos dois primeiros meses de 2025, Goiânia registrou um superávit primário superior a R$ 638 milhões – alta de mais de 70% em relação ao mesmo período do ano passado.

O decreto agora será avaliado pelo TCM antes de voltar à pauta dos deputados.

 

 

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