Distribuidoras denunciam queda de 60% na receita em Goiânia

A lei municipal que proibiu o funcionamento de distribuidoras de bebidas em Goiânia após 23h59 provocou forte impacto econômico no setor. Segundo estimativa da secretária-geral da recém-criada Associação de Distribuidoras e Empórios de Bebidas do Estado de Goiás (Adebego), Franciely Gomes, a receita dos estabelecimentos caiu entre 55% e 60% desde que a medida, proposta pelo prefeito Sandro Mabel, entrou em vigor.

Além da perda de faturamento, a entidade calcula que cerca de 30% dos postos de trabalho do segmento foram eliminados. “Os números mostram que muitas famílias foram atingidas por essa tentativa de nos marginalizar e de nos responsabilizar pela criminalidade”, afirma Franciely.

De acordo com dados da Adebego, há cerca de 3,5 mil distribuidoras formalizadas em Goiânia. No entanto, o número pode chegar ao dobro quando incluídos os empreendedores que atuam de maneira informal. Parte desses empresários se reuniu no dia 8 de outubro para oficializar a criação da associação e discutir estratégias de mobilização. A posse da diretoria e a aprovação do manifesto da categoria ocorreram doze dias depois, em solenidade na Câmara Municipal.

O setor vê como principal alternativa o projeto de lei apresentado pelo vereador Tião Peixoto (PSDB), que propõe estender o funcionamento das distribuidoras até 4h59, com restrição ao atendimento presencial após a meia-noite.

Outras duas propostas tramitam na Casa: uma do vereador Bruno Diniz, que amplia o horário até 1h, e outra de Igor Franco, que permite funcionamento até 2h. No entanto, segundo Franciely Gomes, nenhuma delas atende plenamente às demandas da categoria.