O Brasil e a China avançaram mais um passo nas relações comerciais do agronegócio. Na última quinta-feira (28), os dois países firmaram um acordo de pré-listing que permitirá a habilitação de cerealistas brasileiras interessadas em exportar sorgo ao mercado chinês. O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, por meio das redes sociais.
Segundo Fávaro, a medida representa um marco importante para a diversificação das exportações agrícolas brasileiras. “A China reconheceu o modelo de pré-listing. O Brasil vai indicar todas as cerealistas que tenham interesse em comercializar sorgo para o país asiático. Seguimos com o propósito de ampliar oportunidades e diversificar os produtos para exportação”, declarou.
O sistema de pré-listing dispensa a avaliação final por parte das autoridades chinesas. Nesse modelo, a certificação sanitária das indústrias passa a ser feita pela autoridade do país exportador, desde que estejam de acordo com os critérios estabelecidos pelo país importador. Na prática, caberá ao Ministério da Agricultura certificar e habilitar previamente os estabelecimentos que cumprirem as exigências chinesas, o que tende a reduzir a burocracia e acelerar o início dos embarques.
A China autorizou a importação de sorgo brasileiro em novembro de 2023, mas o comércio ainda não foi efetivamente iniciado devido às etapas de auditoria e ajustes de conformidade. No início deste mês, representantes da Administração Geral de Alfândegas da China (GACC) estiveram no Brasil para acompanhar de perto a produção. A visita incluiu inspeções em lavouras, cooperativas e armazéns nos estados de Goiás e Minas Gerais, onde avaliaram as condições sanitárias e os padrões de sustentabilidade da produção.
