O advogado Misael Malagoli, de Anápolis, emitiu um parecer técnico em defesa do casal que entrou na Justiça para manter a guarda de um bebê reborn após a separação.
O caso ganhou repercussão nas redes sociais após uma advogada de Goiás se recusar a atender a cliente, que buscava a tutela da boneca hiper-realista.
Malagoli argumenta que, mesmo sendo um objeto inanimado, o bebê reborn pode ter valor simbólico e afetivo.
O advogado afirma que o Judiciário pode intervir em disputas desse tipo, como já ocorre em casos envolvendo animais de estimação.
De acordo com ele, o vínculo com a boneca se intensifica quando há exposição nas redes sociais.
O casal utilizava o bebê reborn em conteúdos digitais, com engajamento do público e geração de renda.
Para o advogado, a Justiça já reconhece relações baseadas em vínculos subjetivos, como paternidade socioafetiva e identidade de gênero.
O mesmo pode se aplicar à “parentalidade simbólica” envolvendo outros tipos de laço afetivo, informou ele.