A proprietária de uma clínica de estética de Goiânia foi presa pela Polícia Civil de Goiás após a influenciadora digital, Aline Maria Ferreira, de 33 anos, morrer depois de realizar um procedimento para aumentar os glúteos com a aplicação de PMMA.
Para a polícia, a informação era de que Grazielly da Silva Barbosa teria desativado as redes sociais e estava sem contato com a família após a internação de Aline. No entanto, quando a equipe chegou no local, encontrou a proprietária atendendo outros pacientes.
“Chegando ao local, verificamos que a proprietária estava atendendo. A notícia que nós tínhamos é que, depois da internação da Aline, a proprietária da clínica tinha encerrado o contato com a família e desativado redes sociais. Como nós a encontramos, acionamos a vigilância sanitária e nessa fiscalização concluímos que a clínica não possui alvará sanitário e nenhum responsável técnico”, explica a titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor, Delegada Débora Melo.
Além disso, a investigação constatou que Grazielly não tinha nenhuma formação na área de biomedicina.
“Embora ela se apresentasse como biomédica, ela nunca cursou faculdade de Biomedicina, ela não possui registro no Conselho Profissional de Biomedicina. O que ela falou é que cursou até o terceiro período do curso de Medicina numa faculdade do Paraguai, mas trancou o curso há três anos”, diz a delegada.
Em depoimento, a dona da clínica relatou que tinha feito cursos livres na área da Estética, mas não apresentou diploma nem certificação desses cursos.
Ainda conforme a delegada, a proprietária não esclareceu para a influenciadora quais riscos, contraindicações ou efeitos colaterais o PMMA poderia causar.
A prisão de Grazielly da Silva Barbosa se deu pelos crimes de exercício ilegal da medicina, execução de procedimento de alta periculosidade e crime contra relação de consumo. Mas, a polícia segue com as investigações para avaliar se houve crime de lesão corporal seguida de morte.
