Médico condenado por acorrentar funcionário disse que a situação foi uma “brincadeira”

O médico que foi indiciado por filmar um caseiro negro acorrentado em uma fazenda na Cidade de Goiás disse em júri que a situação não passava de uma brincadeira. Márcio Antônio Souza Júnior foi condenado, nesta terça-feira, a pagar uma indenização de R$ 300 mil pelo crime de racismo. O valor será dividido entre a Associação Quilombo Alto Santana e a Associação Mulheres Coralinas.

Também em júri, a vítima afirmou que não viu a situação como uma brincadeira e não chamou a atenção do médico por ser o funcionário e precisar do emprego.

A defesa do médico afirma que ele é inocente e que “não teve qualquer intenção de ofender, menosprezar, discriminar qualquer pessoa ou promover esse tipo de atitude, inaceitável em nossa sociedade”. A defesa ressaltou ainda que irá recorrer contra a condenação.

O crime aconteceu no dia 15 de fevereiro de 2022, na Fazenda Jatobá, quando Márcio encontrou os itens na igrejinha da fazenda, acorrentou o funcionário, gravou o vídeo pelo celular e publicou nas redes sociais. Ao longo da filmagem, o médico diz: “Falei para estudar, mas não quer. Então vai ficar na minha senzala” .

O médico chegou a publicar outro vídeo em que afirma que não tinha a intenção de ofender e que o vídeo foi uma encenação teatral.

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