O Estado de Goiás foi condenado a pagar R$ 80 mil por danos morais a uma paciente vítima de violência obstétrica no Hospital Materno Infantil, em Goiânia.
O caso ocorreu em fevereiro de 2016, mas a decisão só foi emitida no último fim de semana.
A paciente perdeu o bebê após o parto e foi impedida de vê-lo e de ter acompanhante.
Segundo a sentença, a certidão de natimorto foi emitida sob o argumento de que seria “menos trabalhoso” à mãe, já que o bebê era pequeno para sepultamento.
Testemunhas relataram que a paciente foi tratada de forma desumana.
Durante o trabalho de parto, ouviu gritos da equipe médica mandando a gestante “calar a boca” porque “quando foi fazer, tinha achado bom”.
A juíza Mariuccia Benicio Soares Miguel considerou que houve violação de direitos garantidos por lei, e que a paciente sofreu o que se caracteriza como violência obstétrica.
