Após rejeitar a recomendação do Ministério Público de Goiás (MP-GO), na última terça-feira, 28, a Câmara Municipal de Iporá voltou atrás e decidiu dar posse transitória à vice-prefeita, Maysa Coutinho (PP).
O documento foi enviado à Casa na última segunda-feira, 27. Nele, o promotor Luís Gustavo Soares Alves argumentou que não há possibilidade de que a gestão do município seja feita por uma pessoa que está presa, se referindo ao prefeito, Naçoitan Leite (sem partido) que teve a prisão preventiva decretada.
Em um primeiro momento, a Câmara alegou que a Lei Orgânica Municipal não exige justificativa para ausência do prefeito por até 15 dias e que esse prazo ainda não expirou. Em resposta, o promotor enviou um novo ofício para que a Casa reformulasse a resposta. Caso contrário, o MP entraria com medida judicial para dar posse à vice e com ação contra a Câmara por prevaricação.
Em novo documento enviado ao MP-GO, a Câmara informou que decidiu pela “total acolhida” às orientações. Disse ainda que a Casa será convocada sessão extraordinária nos dias 4, 5 e 6 de dezembro, respeitando o prazo mínimo de 3 dias de antecedência previsto no regimento interno.
O atual prefeito está ausente da administração desde o dia 18 de novembro, quando invadiu a casa da ex-esposa com uma caminhonete e atirou mais de 15 vezes contra o quarto em que ela e o atual namorado estavam.
Naçoitan é alvo de processo de impeachment, mas conta com o apoio de 10 dos 13 vereadores.