Quando foi lançada no início do ano passado, a Fiat Titano começou devagar, quase parando literalmente, com as dificuldades de liberação na alfândega. O ritmo de vendas também foi lento, muita crítica contra o projeto original chinês, falta de potência e torque, suspensão dura, acabamento simplório, mas tinha a maior capacidade de carga e uma robustez espartana. As primeiras vendas foram à custa de sacrifícios em preço mas, em algum momento do mercado, a Titano começou a ser entendida como uma picape destinada ao trabalho e para ser dirigida pelo peão, não pelo dono. Começou a deslanchar a partir de metade de 2024, média de 840 por mês, 6.224 no total do ano, 7ª picape média mais vendida do país.

A Fiat está no Brasil há 50 anos, conhece o mercado brasileiro como ninguém e domina o segmento de picapes criando e desenvolvendo produtos pra lá de vitoriosos como Strada e Toro. A Titano concorre no segmento que mais cresce no país depois dos suvs e merecia um bom estudo de possibilidades. Taí, depois de um investimento na fábrica na Argentina, outro tanto no desenvolvimento do projeto e de botar 300 engenheiros a trabalhar nas suspensões, totalmente renovadas, e no acabamento da cabine, reduziram ruídos e vibrações e melhoraram comportamento na estrada e no off road. Acrescentaram recursos de tração integral permanente, AWD, que permite a troca automática da tração traseira e a tração integral, 4X4.

Fiat não deixou por menos e instalou na nova geração da Titano o Multijet 2.2 de 200 cv, o mesmo da Fiat Toro, Ram Rampage e o Jeep Commander, moderno, diesel com injeção direta, turbina com geometria variável, atendendo já à fase 8 do Proconve para veículos leves, recalibrado para gerar 450 Nm de torque já a 1.500 rpm. Com a transmissão ZF de oito velocidades melhorou consumo e aceleração além de possibilitar a. adoção do sistema ADAS, com piloto automático adaptativo, frenagem automática de emergência e monitoramento de ponto cego. Preços, Titano Endurance, R$ 233 mil 990, Volcano, R$ 263 mil 990 e top de linha Ranch, R$ 285 mil 990, obviamente mais cara mas ainda suficientemente competitiva para incomodara concorrência.

Virada de semestre é época de fazer as contas e a Fiat continua firme no domínio do mercado brasileiro de veículos, vendeu 241.400, 21,3 por cento de participação, 8 décimos a mais do que no ano passado. A Volkswagen vem crescendo e foi bem em 2025, 2ª no ranking e 16,4 por cento de participação, das três grandes foi a que mais cresceu. Destaque negativo a Chevrolet, de mal a pior, a marca da gravata vendeu 22 mil carros a menos do que no ano passado e despencou para apenas 10,6 %, 15 por cento de perda de participação. Toyota e Hyundai também perderam participação mas muito menos, Tooyta, 3 %, Hyundai 1,8 % mas mantiveram a 4ª e 5ª posições. Renault segurou o 6º e a Jeep o 7º. A Nissan foi a que mais perdeu, quase 17 %, caindo para 10º e cedendo o 9º lugar à que mais explodiu em vendas mais uma vez, a BYD, 47.700 emplacamentos, 46,5 por cento mais do que no primeiro semestre do ano passado. Registro positivo também para a Honda, 8ª colocação, 50 mil vendas e 33 por cento de crescimento.

Confira os preços sugeridos da gama da Nova Fiat Titano MY26:
Fiat Titano Endurance MT – R$ 233.990,00
Fiat Titano Volcano AT – R$ 263.990,00
Fiat Titano Ranch AT – R$ 285.990,00


